A Menorá, Candelabro de sete braços (Ex 25, 31-40; Nm 8,1-4) que ficava dia
e noite no Templo de Jerusalém (Ex 27,20s; Lv 24,3-4), simbolizava a
presença de lahweh
diante de seu povo, que continua a guiá-lo assim como no deserto, por meio da
nuvem e do fogo (Ex 40, 36-38; Nm 9,15-23). A Menorá também é um convite; para que o povo de Deus esteja
permanentemente diante dEle, pois só ele é luz. Por tudo isso a
Menorá é um símbolo da Nova Jerusalém, de forma
adaptada. Em nossa representação juntamos a parte superior dos sete braços por uma trave horizontal, para que com a
arte vertical prolongada, sugeríssemos a Cruz de Cristo, a Árvore da Vida e Fonte de luz para o mundo. Inspirando-se
nas “esferas” da Igreja Ocidental prolongamos os braços da Menorá até formarem três círculos completos, concêntricos, mas a metade superior de cada círculo é apenas sombreada. Assim, estes círculos como na Igreja Oriental, representam
a Ressurreição de Jesus, aureolada de glória e de poder universal. Mas esta glória está
ainda velada, como indica 2 Cor 3,16-18,
pois só experimentando da Morte e Ressurreição de Jesus que o plano divino da salvação revela sua finalidade e sua totalidade.
Finalmente, no centro da figura, temos o nome “Jerusalém” em hebraico, nome sagrado e escolhido que só pode ser escrito como o nome divino, na sua língua original, na qual Deus o chama. Jerusalém é uma só: A Primeira e a Última a, “Nova”, como Deus é o Primeiro e o Último. É uma só
que vai se revelando na medida em que se
vai realizando o plano de Deus até irradiar e
iluminar o mundo inteiro, como um grande feixe de luz (Is 60,1-7), manifestação de Deus no meio dos homens (Ap 21,9-14).
Assim, a Nova
Jerusalém tem a missão de ser como a Menorá, estando continuamente na presença de Deus e portando sempre sua Palavra,
que é luz e fogo,
para que na presença de Deus tudo se ilumine e tudo
se transforme.
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