Insígnia dos irmãos(ãs) professos(as) e leigos consagrados da Nova Jerusalém.
A origem desta cruz é em grande parte
misteriosa. Os arquivos da paróquia vizinha de Theux mencionam mais de uma vez
uma antiga cruz na Igreja dos santos Alexandre e Hermes, construída no século
IX. Baseando-se em uma série de detalhes, como por exemplo, as marcas nas
costas e nos pés do Cristo, podemos afirmar que esta cruz teve seu lugar
dedicado no coro desta igreja há muitos séculos. Nós também aprendemos com
estes arquivos que, devido a uma alteração de gosto, foi relegada para uma
capela lateral no século XVIII. Provavelmente foi enterrada e coberta com uma
grande pedra durante a Revolução Francesa. Pelo menos sabemos com certeza que
foi descoberta por um lavrador em um estado bastante bom de conservação graças
a um ambiente seco sobre o ano de 1835. Esta cruz foi, então, o primeiro
erguido na beira da estrada de acordo com uma tradição regional.
Em 1895, devido ao número crescente de peregrinos, o Barão del Marmol
decidiu construir uma capela perto da estrada. Em 1932, o mesmo constrói um
mosteiro beneditino atrás da capela, onde alguns poucos monges foram alojados. Em
1957, os beneditinos deixaram Tancremont para Chevetogne. A capela e o
apostolado de Tancremont foram, então, assumidos pelo Abade Norbertine de
Averbode e seus monges.
O que caracteriza esta cruz é o seu estilo românico mostrando um Cristo vestido e com uma coroa real. Sua cabeça é ligeiramente inclinada para o ombro. A expressão facial é de paz e tranquilidade. O corpo do crucificado é ligeiramente abobadado. Seus braços são bem esticados. As mãos originais, tendo desaparecido, foram refeitas no século XVII com madeira birch, e de carvalho, em 1932 (primeira restauração). A túnica, também chamada de “colóbio”, mostra vestígios de policromia, isto foi provável, porque no início se quis imitar um tecido verde bizantino com padrões ovais avermelhados. A análise microscópica realizada durante a segunda restauração (1986) prova que foi repintada oito vezes: azul, ouro, novamente azul com estrelas douradas, marrom e até cinza. A bonita cor avermelhada, como ainda pode ser notada do lado de Cristo, provavelmente data por volta do século XIV. Os pés não são pregados, mas sim colocados lado a lado em um bloco.
A história e o estilo desta obra de arte venerável indicam com grande certeza que foi realizado no final do século IX para o século X. De acordo com o método de carbono-14, data de um período entre os anos 810 e 965 d.C. Somos confrontados com um Cristo imperturbável, vencedor da morte e Rei do Universo, Deus e homem, sereno e transcendente. Tal figuração perfeitamente se encaixa com o espírito pré-gótico correspondente ao verde românico, escultura onde um impacto simbólico é obtido através de formas estilizadas. Ela tinha originalmente a forma de tau (T). Mais tarde, acrescentou-se o topo para formar uma cruz latina. A cruz é de carvalho e mede 2,04 m. de altura e 1,80 m. de largura. Já o Cristo, foi esculpido em madeira tília, medindo 1,5 m. de altura e 1,4 m. de largura.
Santuário do Velho Bom Deus
Rota 77 - Tancremont
4860, Pepinster - Bélgica
Tel: 087/54 15 09
E-mail: info@tancremont.be
INVOCAÇÃO À SANTA CRUZ
Bendito Senhor Jesus Cristo, vós fostes
falecido sobre a árvore da forca da cruz por nossos pecados! Ó Santa Cruz do
Cristo, estejais comigo! Santa Cruz de Cristo, sejais minha esperança. Santa
Cruz de Cristo, sejais para mim uma verdadeira luz de bênção. Santa Cruz, desviai
e pereçai de mim todas as armas agudas, contundentes e as armas do fogo. Santa Cruz,
afastai de mim tudo o que possa me servir de mal exemplo. Santa Cruz,
favorecei-me de tudo que possa ser vantagem para minha salvação. Pela Santa
Cruz de Cristo, eu venho pelo caminho de minha salvação; desviai de mim todos
os perigos na hora da morte e dai-me a vida eterna! Santa Cruz de Cristo, ajudai-me
quando meu corpo estiver em perigo; eu vos adorarei enquanto durar minha vida.
Ó Jesus Crucificado de Nazaré, tende
compaixão de mim, que os maus inimigos, visíveis e invisíveis, fujam de mim, a
partir de agora, até a eternidade. Que assim seja.
Em honra do sangue precioso, da paixão
e morte de Jesus Cristo, em honra de sua divina encarnação e de sua ressurreição,
pela qual conduziu nossa alma à felicidade;
Tão verdadeiramente como nosso Senhor
nasceu, quanto ele foi adorado pelos Magos e ascendeu ao céu;
Por isso, peço humildemente a Nosso
Senhor, o Bom Deus, para que me mantenha sob sua proteção até a eternidade.
Assim seja.
Pai Celeste, eu confio minha alma em
vossas mãos. Jesus, Maria, Santa Ana, São José, Santa Maria, São Joaquim,
assisti-me na hora da morte.
ORAÇÃO
“Senhor Jesus, cujo rosto se curvou tão
misericordiosamente na Árvore da Cruz no dia da Paixão pela salvação do mundo!
Nós Te rogamos, ainda hoje, por misericórdia, incline-se para nós, pobres
pecadores que somos; nos dê um olhar de misericórdia e compaixão e finalmente
nos receba no beijo da paz. Assim seja”.
Segundo uma oração do Venerável Léon Papin Dupont (1797-1876)
O “Santo Homem de Tours”.
2 comentários:
Muito interessante!
Gostaria de ter uma oração a Maria, pra obter curas como os peregrinos que lá visitam. Obrigada
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