quinta-feira, 8 de novembro de 2012

O que é Discernimento?


Todo ser humano precisa saber qual é o desejo mais forte do seu coração e como quer realizar este desejo. A pessoa precisa escutar as inclinações do seu coração e escolher um rumo para sua vida. Discernimento faz parte do processo de conhecimento desta verdade humana. Sem discernimento não se percebe a beleza, a alegria da vida; é preciso estar bem atento aos acontecimentos que estão fora de si e aos que estão dentro de si mesmo. Precisa perguntar o que Deus quer lhe ensinar com isto ou aquilo.
            Quem escolher um estado ou estilo de vida precisa saber o que está escolhendo e quais são as suas exigências e consequências. É somente tendo um conhecimento seguro e real que se pode escolher com segurança.
            Precisamos saber a finalidade do projeto que nos está sendo proposto e confrontar com nosso objetivo, isto é, o que temos em mente.
            Este processo de discernimento é permanente e cotidiano, no entanto, é necessário algum momento mais intenso de recolhimento e oração para se poder tomar uma decisão mais profunda e abrangente.
            A vocação descobre-se no recolhimento e no diálogo com Deus. É necessário estar convencido(a) de que é chamado(a) por Deus. Além disto, a pessoa deve adotar uma atitude de escuta contínua. O candidato precisa discernir sua vocação própria. É bom que a própria pessoa pergunte para si mesma se tem capacidade para personalizar um estilo de vida, se tem maturidade espiritual, sexual, afetiva, emocional, psicológica, etc.; pessoas nervosas, depressivas, intransigentes, emotivas, agressivas, dependentes, rebeldes por certo não serão tão felizes e nem proporcionarão felicidade a seu redor.
            Precisamos analisar e pesar nossa capacidade de socialização, colaboração, conhecer nossos mecanismos de defesa, isto é, nossa tendência a adiar, satisfazer, encontrar substituições, hostilidade, orgulho, isolamento, rejeição, etc. A pessoa deve querer se esforçar para conhecer seus conflitos, as raízes de seus problemas. Quando a pessoa conhece a si mesma, valoriza a si e aos outros.
            Nós, pessoas humanas religiosas ou não, somos um mistério assaltado por conflitos, dúvidas, ansiedades, desejos incoerentes, antipatias, simpatias e medo de assumir as próprias opções. É de fundamental importância viver atento aos acontecimentos, a partir de si mesmo e da própria vida. Olhe a vida com os pés no chão; a vida não é apenas isto que se vê com os olhos físicos. A vida tem uma beleza, uma bondade que escapam à nossa sensibilidade. É na contemplação que se percebe o sentido da vida.
            Para se fazer uma opção de vida é necessário ter uma visão positiva da própria vida. E esta visão está ligada a consciência de ter recebido a vida como dom de Deus, e por isto merece ser vivida como oferta para Deus e para o irmão.
            A opção fundamental baseada na , além de revelar o sentido da vida aproxima cada vez mais a pessoa das outras, gera um modo novo e autêntico de amar. A pessoa que decide sua vida sabe ir ao encontro do outro, sabe relacionar-se humanamente.

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