Todos nós sabemos que setembro é o mês dedicado a Bíblia, mas esse ano de 2011 traz muita novidade! A Igreja do Brasil comemora 40 anos de mês bíblico. Tudo começou em 1971 como comemoração do 50º aniversário de criação da Arquidiocese de Belo Horizonte. Mas bem antes disso, também sabemos que dia 30 a igreja celebra a memória de São Jerônimo, um exímio exegeta, Padre e Doutor da Igreja. Mas um mês inteiro dedicado ao estudo das Sagradas Letras ainda não é suficiente para suprir às necessidades de conhecimento e experiência com Deus. A Nova Jerusalém traz como marca um amor todo especial, pelo estudo, contemplação e zelo pastoral numa linha prioritariamente bíblica, fazendo com que o povo de Deus tenha acesso ao conhecimento da verdade revelada e amadureça sua experiência de fé na caminhada rumo ao céu. Como dizia nosso querido e saudosíssimo fundador, Padre Caetano: “O povo de Deus merece profundidade”. Para isso, a Nova Jerusalém sabe que a Bíblia não é sua propriedade, por isso mesmo, seu carisma fundacional se resume em conhecer para dar a conhecer o plano divino da salvação, o que consta em nossa constituição e na carta de nossa profissão religiosa.
Existe um documento da Igreja publicado em 1893 (primeira vez que Igreja declara algo a respeito do estudo bíblico), a encíclica “Providentíssimus Deus” do Papa Leão XIII, onde ressaltava a importância e utilidade da mesma, pois antes a Escritura não era tão propagada como hoje, guardada debaixo de ‘sete chaves’ e escondida nas bibliotecas dos mosteiros e seminários, por medo de interpretações pessoais e fundamentalistas da mesma. Numa época onde as heresias ganhavam força, esta mesma encíclica proclamava que a Sagrada Escritura contribui diretamente para o ‘incremento’ da glória divina e a salvação do gênero humano. “A Bíblia é a carta de amor de nosso Pai e nós a deixamos fechada no envelope!” Era uma das grandes lamentações de São Gregório Magno, papa e doutor da Igreja (†604)
O próprio Jesus se utilizava das Escrituras! Em diversas narrações dos Evangelhos vemos Cristo lendo e até mesmo comentando-as. Isso não nos incentiva a se deleitar sobre as folhas santas e fazer delas nosso alimento? Se bem que a Palavra de Deus está em tudo, mas de uma forma bem particular aqui.
O Santo Padre Bento XVI convocou um sínodo com os bispos do mundo inteiro de 5 a 26 de outubro de 2008 para rever a questão da utilização da Bíblia na Igreja. Como fruto, lança uma exortação pós-sinodal denominada “Verbum Domini”, em português: “A Palavra do Senhor”, onde a grande temática trabalhou a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja.
Como bons cristãos, sabemos que a Bíblia, juntamente com a Sagrada Tradição formam os fundamentos de nossa fé, por isso mesmo ela faz parte de nossa vida e vocação como prioridade e que todo dia é dia da Palavra de Deus. Infelizmente muitos de nós cristãos ainda não despertamos para um estudo mais crítico e aprofundado da mesma.
Fica-nos o desafio de Nosso Senhor ditado pelos lábios do Padre Caetano: “É preciso suscitar aqui no Brasil uma geração bíblica, um povo que leia, conheça, viva a Palavra”.
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